A arterite de Takayasu também é chamada de doença sem pulso ou síndrome do arco aórtico e que começa suas manifestações principalmente em indivíduos abaixo de 40 anos de idade.
O que é a Arterite de Takayasu?
A arterite de Takayasu é uma doença autoimune que acomete vasos sanguíneos de grande calibre, como a artéria aorta e seus ramos. A doença cursa com inflamação autoimune granulomatosa desses vasos, gerando diversas manifestações, dentre elas a diminuição de pulsos periféricos (aquele que sentimos na região interna do pulso, por exemplo), motivo pelo qual também é chamada de “doença sem pulso”.
Quem pode desenvolver Arterite de Takayasu?
A doença costuma acometer pessoas jovens (com menos de 40 anos, normalmente).
É cerca de 9x mais comum em mulheres do que em homens.
Tem grande prevalência no continente asiático, mas também existe no Brasil!
Quais são os sintomas da Arterite de Takayasu?
Os sintomas dependem do vaso sanguíneo acometido. Nem todas as pessoas têm acometimento dos mesmos vasos sanguíneos, por isso as manifestações podem ser variáveis de caso a caso. Podem envolver diversos sinais e sintomas, dentre eles:
– Redução ou ausência dos pulsos periféricos;
– Pressão arterial diferente entre um braço e outro;
– Pressão muito alta;
– Dor no peito, dor na carótida;
– Dor de cabeça;
– Eritema nodoso (lesões nas pernas, com nodulações avermelhadas e dolorosas).
Como é feito o diagnóstico da Arterite de Takayasu?
Além de sinais e sintomas compatíveis, precisamos de algum exame de imagem dos vasos acometidos (por exemplo, angiotomografia ou angiorressonância).
Biópsia do vaso acometido muitas vezes não é possível por acometer vasos de grande calibre e perigosos de serem biopsiados (podem sangrar e complicar).
A biópsia pode acontecer em casos selecionados, mas não é imprescindível para fechar o diagnóstico.
Qual é o tratamento da Arterite de Takayasu?
Pode envolver várias possibilidades, a depender do caso:
– Glicocorticoides;
– Imunossupressores;
– Metotrexato;
– Micofenolato;
– Azatioprina;
– Leflunomida;
– Anti-TNFs (Infliximabe);
– Outros imunossupressores: Ciclofosfamida, Tocilizumabe, Rituximabe.
Precisa de cirurgia?
Em alguns casos, pode ser necessária cirurgia.
Principalmente em casos mais complicados, que envolvem por exemplo: aneurismas com risco de rompimento, coartação de aorta, estenose de artéria renal com pressão alta demais sem controle, dentre outras complicações.
Esses casos sempre serão acompanhados conjuntamente com Reumatologista e Cirurgião Vascular.
Como evolui a doença?
Classicamente a doença evolui em períodos de atividade e remissão.
Não podemos esquecer de tratar adequadamente a pressão arterial, pois quando elevada, aumenta e muito o risco de morte por derrame ou infarto!
Também é importantíssimo praticar exercícios físicos e não fumar.
O Arterite de Takayasu tem perspectivas de tratamentos futuros, além dos atuais, uma vez que as pesquisas clínicas estão evoluindo junto à ciência e à medicina. Nós, do Centro de Pesquisa Clínica ReumaCenter, ficamos felizes em fazer parte deste progresso. Desde o ano 2000, oferecemos diversos tratamentos com agentes biológicos, o que nos torna um dos centros de referência no país.
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Autoria de Dra. Samanta Gerhardt (CRM-RS 42972 | RQE 38023).